O ENSINO GRAMATICAL NA
AQUISIÇÃO DE E/LE: DA GRAMÁTICA NORMATIVA A FUNCIONALISTA PARA QUÉ ENSINA-LA?
Valéria Jane Siqueira LOUREIRO (UFS/GEMADELE)
RESUMO: A gramática se apresenta como conteúdo inerente no
processo de ensino/aprendizagem de língua estrangeira, sempre vista como um
meio de memorizar regras e normas e não para adquirir os conhecimentos
linguísticos necessários para monitorar o uso correto da língua, nesse caso o
espanhol. Este trabalho tem como objetivo analisar a questão da gramática no processo
de ensino/aprendizagem de E/LE (espanhol/língua estrangeira). O ensino de
gramática, na perspectiva normativa, pretende levar os estudantes a adquirir as
regras e normas fora do uso efetivo na linguagem. Segundo García (2002), o
ensino de gramática se constitui de aspectos formais, mas deve ser realizado
num contexto comunicativo. Alunos que aprendem uma língua sem estudar a
gramática implícita, podem se sentir insatisfeitos e inseguros ao se
comunicarem, porque carecem do ensino das estruturas gramaticais que levem ao
reconhecimento do funcionamento da língua a partir do uso das suas variantes.
Para González Maia (2005), o paradigma funcional é fundamental para o processo
de ensino porque contempla a gramática em uso. Tentaremos responder a um ensino
da gramática como elemento que permita manejar a comunicação pelo uso e
funcionamento das regras da língua de forma consciente e autônoma (GELABERT et
al., 2002, GARCÍA GARCÍA, 2001 e MARTÍN
PERIS, 2004). A partir deste enfoque se reflete sobre a questão do papel da
gramática na prática docente na sala de aula de E/LE e se analisa como incluir
seu conteúdo gramatical para que os estudantes se capacitem a se expressar,
interagir e se comunicar tanto na língua oral quanto na escrita (MIKI KONDO,
2002). Essa questão advém de levar o estudante a adquirir a capacidade de
contextualizar a língua no uso da linguagem como uma ferramenta nas situações
de comunicação.
Palavras-chave:
gramática, ensino, língua estrangeira.
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