A CULTURA POPULAR NA ENCRUZILHADA:
O caso do mito da Inglaterra em Portugal
Luiz Eduardo Oliveira (UFS)
RESUMO:Paralelamente ao
processo de diferenciação e até de pulverização cultural, causado não só pelos
fluxos migratórios, ou pela nova diáspora, ocorrem formas dominantes de
homogeneização cultural que se constituem como o lado negativo da globalização,
também alcunhada, nesse sentido específico, de “macdonaldização”. Seja qual for
o efeito causado por tal fenômeno, o certo é que, desde o final do século
passado, houve uma crescente democratização do acesso a bens de consumo
eletrônicos, que passaram a acompanhar, numa impressionante velocidade, o
desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação, sobretudo através
da Internet, a rede mundial de
computadores. Essa dupla transformação teve profundas repercussões. Os novos
modos de produção, circulação e recepção dos produtos culturais, por exemplo,
obriga-nos a dar uma nova dimensão às tradicionais noções de cultura popular e
cultura de massa, bem como a fugir de tal oposição, como se a primeira
representasse a genuína produção do “povo” e a segunda resultasse da imposição
de certas produções culturais sobre o povo. Embora o “público cultivado” ainda
constitua uma boa fatia de consumidores da considerada “boa literatura”, do
“cinema de arte” ou da “música experimental”, a academia e outras instituições
se voltam cada vez mais para um tipo mais “popular” de cultura, para o bem e
para o mal.
Palavras chave: cultura popular; cultura portuguesa;
diáspora; língua inglesa.
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