CONTOS DE FADAS:
EVOLUÇÃO OU RETROCESSO
Átila Sabrina Bispo SANTOS
(UFS)
RESUMO: Centenas de
estudos nos mostram que os contos de fadas exercem uma influência benéfica na
formação da personalidade. No entanto, há muito tempo os contos vêm sofrendo
modificações consideráveis. Se pegarmos, por exemplo, um conto de Charles Perrault ou um dos Irmãos Grimm e compararmos
com as histórias que chegam até nós através das empresas televisivas do ramo
infantil, percebemos facilmente que há uma mudança notável. É como se as
crianças de hoje não pudessem sofrer nenhum tipo de decepção e assim, começam a
fantasiar a realidade. Os adaptadores parecem se esquecer de que a função do
conto de fadas, assim como de uma fábula, além de divertir, é construir a moral
na mente que ainda se encontra em formação. Hoje, todas as meninas querem ser
princesas e consequentemente, os meninos querem ser super-heróis. Porém, o que muda e principalmente, o que
preocupa é que as “princesas e os heróis” de hoje acham que podem tudo.A partir
dessa concepção fizemos uma pesquisa de campo em algumas escolas públicas que
oferecem a educação infantil para analisarmos de perto o efeito que os contos
de fadas estão ocasionando atualmente. Com essa pesquisa notamos uma inversão
nos valores reproduzidos por esses contos, de maneira que os mesmos
retrocederam de certa forma no que diz respeito à formação crítica do
indivíduo; Pois deixou de ser um meio estritamente educativo tornado-se algo
quase que puramente imaginário. Levantando uma questão intrigante: “Qual é a função
dos contos de fadas atualmente?”
Palavras Chaves: Personalidade. Formação. Evolução. Retroceso.
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