A FACE DURA DO MAL EM “A HORA DA ESTRELA”
Ellen dos Santos Oliveira (FSLF/NEC)
Vilma Mota Quintela (FSLF/NEC)
Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados na vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Só não se sabe fé em quê
(Hebert Viana, Alagados In. Selvagem?)
RESUMO:
Procurou-se refletir nesse artigo sobre a condição da personagem Macabéa
enquanto nordestina imigrante no Rio de Janeiro e os males dos quais foi
vítima, males que a acompanha desde o nordeste, que entre tantos estão: a
pobreza, a seca, a fome. Em A Hora da Estrela, Macabéa representa os
nordestinos imigrantes presentes nas grades metrópoles, nordestinos que vivem
assolados por um mal coletivo e em busca de oportunidades são atraídos pela
deslumbrante face do bem propagados pela mídia, comércio turístico, sociedade
de consumo, porém a realidade que vivenciam é outra, pois diante da
competitividade e exigências do mundo capitalista esses nordestinos não
conseguem se adaptar e como a personagem Macabéa acabam vendo a face dura do
mal em sua vida e em sua vaga existência.
Palavras-
chave: A Hora da Estrela, Macabéa, mal coletivo.
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